09 dezembro 2006

História

Queimadela situa-se no extremo poente do Município de Armamar e faz fronteira com o rio Varosa.
Falar da história de Queimadela é quase a mesma coisa que falar da história de Queimada e de Figueira, freguesia pertencente ao Município de Lamego. As inquirições de D. Dinis provam que, desde o século XIII Queimadela e Figueira constituíram uma só unidade administrativa (freguesia) do Concelho de Lamego. Em termos paroquiais também se verificou esta união, ou seja, Queimadela estava agregada a São João de Figueira e chegou mesmo a ser filial da Matriz de Britiande. Esta união só terminou em meados do século XVIII.
Outra prova da antiguidade e importância de Queimadela na época medieval surge no Cadastro de 1527, então com 34 moradores, foi honra do aio de D. Afonso Henriques.
Do património existente destaca-se a igreja paroquial (Sra. da Piedade) e a capela de São Lourenço, esta num ponto excelente para apreciar a paisagem envolvente, nomeadamente a Cidade de Lamego e a envolvente ao rio Varosa.
A freguesia é actualmente composta por 331 habitantes e é a que tem a maior densidade populacional do Município, 132.6% (dados Censos 2001). No apoio à educação os habitantes de Queimadela têm um jardim-de-infância e uma Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
A agricultura é intensiva e caracteriza-se por uma predominância grande do cultivo da maçã (197 hectares num total de 202 de superfície agrícola existente). Antigamente, os declives acentuados para o rio Varosa eram também muito aproveitados para as culturas da vinha, azeite, cereais e batata.
De referir que antigamente Queimadela foi lugar de grande produção de telha (mourisca e de canudo). A antiguidade desta arte em Queimadela remonta ao período medieval, comprovada por fornos entretanto soterrados. Nessa época a actividade era mais vasta, alargando-se à produção dos mais variados utensílios domésticos e objectos decorativos. Com a introdução da prática da cobertura das casas pela telha de cerâmica é que a actividade se centrou na produção destas.
Das artes e ofícios há que referir um que, felizmente, ainda prevalece: a tanoaria. Dois irmãos mantêm a tradição desta arte, que herdaram do pai: um dedica-se mais à produção de miniaturas de madeira (pipos, canecas, bonecos, carros de bois, etc.); o outro centra a sua actividade na produção da tanoaria e vasilhame propriamente ditos, a partir da madeira de castanho, matéria-prima da região.

2 Comments:

At 00:42, Anonymous Anónimo said...

Ora é isso mesmo, compadre! Já agora fale aí dos agricultores, compadre, que é disso que a gente quer saber! Cumprimentos da comitiva do Sul, Alentejo.

 
At 13:17, Blogger Rúben said...

QUEIMADELA

 

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